Não me trates como resto, ou seu plano B, não sou um objeto feito pra você Não podes descartar-me mais de sua mão, pois a tua demência é sua solidão Se em tua carência, minha existência lhe conforta o ego Ganhe a minha ausência, sua penitência, o seu ponto cego Eu não preciso de você para me virar, a solidão me afaga ao me maltratar Não busco encontrar os trejeitos seus, pois o seu personagem não me convenceu Se apóia em elogios, gosta de assovios, declarações de amor Ouvir de vários caras, renova a tua aura, te salva de sua dor Eu sou o veneno que corre direto pro seu coração Sou borboletas no estômago, sou sua paixão Eu sou ferida que teima em abrir, já não consegue mais se estancar Pode fingir que logo vai passar Mas não Você é um personagem, seu mundo é uma imagem, de um sonho infantil Quer se sentir amada, curte ser venerada, mas ainda sente frio Canção sem melodia, rima sem maestria, romance sem amor Vida sem alegria, sonho sem fantasia, buquê sem uma flor Não quer mais sentir medo, não quer ter mais segredo, mas busca multidão De tantos que te amam, tantos que se enganam, só encontra solidão