Onde o oco habitou Seres vem prosperar Não falam, não sentem, não querem pensar Onde o fútil reinou Pôs-se um rei no lugar Devora, as mentes, para assim governar E as paredes vazias, desses seres banais Acham que poesia, é frescura sem mais Onde a arte ruiu Por não poder se expressar Mil vozes, gritantes o que o rei ordenar A vontade fugiu Se rendeu ao esperar E a raiva, latente, se espalhou pelo ar E as ruas sombrias, com esse povo a marchar Rasgam as melodias, queimam todo lugar E a massa virou, um monstro fugaz A arte sangrou, com cifrões nada mais E as ruas sombrias, com esse povo a julgar Queimam Alexandria, sem o menor hesitar E a massa virou, um monstro a gritar Canções de louvor, pro dinheiro chegar