Não sei olhar pra dentro das pessoas Não sei pra onde o meu futuro vai Só sei que multidão me atordoa E que a solidão não me distrai Queria ter um rumo diferente Ou mesmo uma seta pra guiar Mas o meu coração segue descrente Que exista o meu nome em algum lugar Me vejo enraizado na rotina Que rouba o meu tempo e bem-estar A vida pouco a pouco é doutrina Me amarra em minha cama no meu lar Não olho mais direto nos ponteiros O tempo escorreu para o porão Perdi-me nos excessos e nos meios Razão subjugando o coração Será que ainda existe algo em mim Que possa florescer? Será que a vida é mesmo algo sim Devo só sobreviver? Ou talvez desça ao porão Para o tempo abraçar Ou talvez perca a razão Para a vida emanar Ou talvez me jogue ao chão Para rotina me levar Ou talvez siga o coração Para poder te encontrar