Você já sabe que o meu, não é nenhum, Por isso é escusado, você me pedir algum, Por isso é feio, viver de expediente, Você não é aleijado nem doente. Você não tem coragem de enfrentar um batedor, E quando eu lhe vejo, chego até sentir pavor, E tenho a certeza que você vem começar, Com a velha conversa, do "Me dá, me dá, me dá", Dá dois tostões, pra mim jantar, Não dou, não dou, não dou. E de, contar vantagem, você nunca se cansa, Sempre com a conversa, que vai receber herança, Dia após dia, você vai se derretendo, Se a herança não vier, você vai acabar morrendo. Você não reflete, e está atrapalhado, Sempre com mania, de ser cantor de radio, Vou lhe dar um conselho, arranja uma colocação, Porque sopa de vento, não é alimentação. Vai quebrar pedra na pedreira, Que é bom pro seu pulmão, Ouviu ?