Viajamos entre estrelas Sente esse cheiro de incenso Enquanto a morte carbura Vê se não se assusta! Aqui só rola da pura Toma cuidado enquanto me usa Permito, mas não abusa Depois tu vem e me acusa Como se não valesse nada Mas eu valho, sua pra tá! Muito mais que todas suas juras e falácias Arquitetadas pensando em farturas Mas quem não planta, não muda! Aprendi com a rua, na luz da Lua Costurando falhas e abalando a estrutura Chega do meu lado e sussurra Sente minha dor e me atura Sente o relevo da sutura Disfarça porque sei que tu não é burra E esse baile tá uma uva! Abaixo a ditadura! Fico me perguntando Será que eles me escutam? Ou será que eles disputam Depois tu vem e me acusa Como se não valesse nada Mas eu valho, sua pra*tá Muito mais que todas suas juras e falácias Arquitetadas pensando em farturas Mas quem não planta, não muda Aprendi com a rua, na luz da Lua Costurando falhas e abalando a estrutura Chega do meu lado e sussurra Eu não posso mais! Fingir que a dor não consome Fingir que o brilho não apaga Fingir que não sinto mais fome Fingir que eu me sinto em casa Pois o Sol me chama em brasa Pede que eu volte mais cedo Eu digo: Segura, isso passa Tudo faz parte do enredo Quem que faz brilhar o teu mundo? Quem que aprecia tua joia? Quem que acalma tudo em um segundo? Quem que te cativa toda hora? Talvez tu não saiba o teu medo Só sente quando ele aflora Segura tudo aí dentro E sempre transborda pra fora Não existem demônios, só a inconsciência Tudo que não conhece, faz parte dessa ciência Não adianta fugir, e depois falar que é displicência Porque foi teu próprio ego que forjou tua sentença Levanta e pede bença! Já agradeceu hoje por ter tua própria crença? Hoje a noite pede doze e joga as cartas na mesa Olha tudo ao seu redor, memorize e não se esqueça! Poeira fomos, poeira somos Somos poeira estelar viajando Aqui nos apegamos, por isso aqui ficamos Nós todos replicamos essa dança e seu encanto No entanto, (tu) sussurrando, que não faz sentido Não importa o quanto veja, não aceita o seu destino Empacotando mágoa, o coração tá ressentido Vem dizer na minha cara o quanto que eu tô corrompido Pois o Sol me chama em brasa E pede que eu volte mais cedo Eu digo: Segura, que isso passa Tudo faz parte do enredo e você finge que não sabe Sem graça! Eu levo isso como ameaça Pode falar a verdade, não mente que a alma arde Me mata de uma vez, não machuca pelas metades Pois pra acabar comigo, sei que te falta coragem Pois tu sabe que se eu for, tu não vai voltar mais tarde E pode apostar tua vida, não queria que fosse assim Por mais que eu me divirta, não vejo a hora do fim A gente nunca aproveitou, nem nunca aproveitará Pois sempre chegamos perto, e logo temos que lutar E quem sabe se essa sina por nós não foi fabricada? Faz milênios que minha alma se perde nessa estrada Esse vento que me aponta diz que não sabe de nada O que me resta desde sempre é continuar a caminhada