Cai um homem de sangue azul Outros irão o suceder Raça odiosa, perniciosa Sem limites pra ter poder Dominados pela ambição Se orgulham por só vencer Mesmo à força ou por vingança Seu legado é destruição Nunca vão parar Quanto mais o tempo passa O império se erguerá Privar e excluir O que já foi de todos Pra poucos usufruir Donatário não ver empecilho Em girar o mundo conforme seu delírio Quinhentos anos nessa joça E o mais fraco vegeta nessa fossa Nunca encarou o desespero De ver um filho passando aperreio Riqueza vinda da desgraça Do negro, índio e do suor da massa A fome dos famintos não te comoveu Tanto sofrimento naturalizou Explorados com dureza Seu sadismo é a presa Que fere a dignidade O brilho dos seus olhos desapareceu Sua humanidade se desintegrou Embriagado com a avareza Coroado na nobreza Tão podre será o seu fim