Espelho do meu carnaval Reflete meu verso, inverso serei Dois lados da mesma raiz A história é quem diz se me revelei Do amor entre heróis de bravura Imortal ternura se fez Inspira dois mestres da cura E o olhar sem fortuna vê insensatez Da fé perseguida à dor O imperador de joelhos caiu Ergueu cidade em pujança E o mito descansa moldado nas margens do rio Filhos de xangô e iansã Nas águas do amor, desilusão Tristeza ficou no afã A imagem da consolação Ingênua alegria de criança Transforma toda lágrima em sorriso Lembro o sabor da velha infância Com doces e bandeiras fez-se o paraíso Não deixe a brincadeira acabar Então mantenha a inocência no olhar Longe de tantos horrores nas ruas da vida Quero a avenida ladrilhada Num brilhante azul-e-rosa Em louvação... Omi, beijada! É lindo o meu cantar Do sul da ilha vem a minha inspiração Saravá vossos filhos Com a sua proteção Salve cosme damião, salve cosme e damião!