É Pedra Preta! Quem risca ponto nesta casa de caboclo Chama Flecheiro, Lírio e Arranca-Toco Seu Serra Negra na Jurema, Juremá Pedra Preta! O assentamento fica ao pé do dendezeiro Na capa de Exu, caminho inteiro Em cada encruzilhada um alguidar Era homem, era bicho-flor Bicho-homem, pena de pavão A visão que parecia dor Avisando Salvador, João! No Camutuê Jubiabá Lá na roça, a gameleira Da Gomeia, dava o que falar Na curimba feiticeira Okê! Okê! Oxóssi é caçador Okê! Arô! Odé! Na paz de Zambi, ele é Mutalambô! O Alaketo, guardião do Agueré Okê! Okê! Oxóssi é caçador Okê! Arô! Odé! Na paz de Zambi, ele é Mutalambô! O Alaketo, guardião do Agueré É isso, dendê e catiço O rito mestiço que sai da Bahia E leva meu pai mandingueiro Baixar no terreiro quilombo Caxias Malandro, vedete, herói, faraó Um saravá pra folia Bailam os seus pés E pelo ar o benjoim Giram presidentes, penitentes, yabás Curva-se a rainha e os ogans batuqueiros pedem paz Salve o candomblé, Eparrei Oyá Grande Rio é Tatalondirá Pelo amor de Deus, pelo amor que há na fé Eu respeito seu amém Você respeita o meu axé Salve o candomblé, Eparrei Oyá Grande Rio é Tatalondirá Pelo amor de Deus Pelo amor que há na fé Respeita o meu axé