Um olhar acende a luz da inspiração Vem ilustrar em preto e branco meu agreste No taco da umburana, a matriz traçou A xilogravura de um matuto sonhador Os muros vão retratar a lida de sua gente Nas feiras nuvens de balões Folheteiros de ilusões Doces frutas e piões O barro é ouro nas margens do Ipojuca Floriu da palma, o alimento dessa luta Contra o monstro do sertão Seca danada como essa ninguém viu “Vamo” simbora que asa branca já partiu Meu padin faz chover São Jorge não vença o dragão! Quem carrega a fé pra valer Vai seguindo a procissão Estrelinhas lá no céu, alumiam bezerros É são José, padroeiro! Qual muié pôs o cão na garrafa? Quem viu casar lampião? É o pecado e a graça, nesses causos do sertão Tem batuque pra xangô, no pé da serra Maracatu, bumba-meu-boi Papangu da minha terra Nessa ciranda todo mundo vai chegar Esse cortejo tem frevo e cantoria Fiz de papel colê as máscaras dessa fulia Vem que a rocinha chegou É nosso caso de amor Deixa a borboleta te encantar Chora viola (viola) A minha história vai emocionar!