Nasceu Maria Nobreza em sua tribo africana Tão livre quanto os ventos da savana E a Lua cheia pra testemunhar Que a dor, corta o mar Chora, Maria Que água do oceano sabe o gosto Da lágrima que escorre em seu rosto E os santos que aportam no cais da Bahia Protegem quem já foi mercadoria Leiloeiro canta o lote N’outro canto o chicote Segue a via da bravura É Maria da negrura Ergueu quilombo Deu um tombo no aparato Desses capitães do mato Clamando libertação Já foi vidraça, fez da luta uma couraça E hoje o negro sem mordaça Vem expor sua gratidão Lumia o cruzeiro das almas Que é linha de força maior A gira já vai começar Hoje a Rocinha é Magé no catimbó Risca a pemba no terreiro, pede a bênção a minha vó Maria Conga, é que vence demanda Maria Conga, é que vence demanda Saravá vó benzedeira preta velha de Aruanda