Ao por do Sol de uma tardinha que morre Estou à borda de um riacho murmurante O ressoar manso das águas que correm Vai se perdendo como um sonho distante. Se estende a noite num silêncio tão profundo A quietude é um tormento para mim O meu sofrer é intenso neste mundo Onde a saudade veio dominar-me assim E quantos sonhos abatidos se findaram Na pobre alma deste triste seresteiro Senti as lágrimas que dos meus olhos rolaram Na hora amarga daquele adeus derradeiro. Somente a Lua me contempla junto às flores Neste momento em que estou pensando nela Na voz do vento ouço frases de louvores Ao som de um órgão ouço um hino na capela. Foi ali que um dia nos casamos Suplicamos uma benção do Senhor Foi ali que depois de alguns anos Se despedia pra sempre o meu amor.