De São Paulo a Goiás um fazendeiro seguia O dia estava chuvoso a pista escorregadia Seu automóvel de luxo na chuvarada rompia E chegando no rio Grande pra fazer a travessia Numa forte derrapada saiu fora da estrada E dentro do rio caía Lutando desesperado do seu carro ele saiu O seu grito de socorro de longe um peão ouviu Galopando seu cavalo o fazendeiro ele viu Entre as chuvas que caía com firmeza conseguiu Jogar seu laço ligeiro e laçando o fazendeiro Arrastou fora do rio ai O fazendeiro tremendo com a voz entrecortada Foi agradecendo o peão contando a vida passada É a segunda vez que vejo minha vida ameaçada Na minha saudosa infância que sempre será lembrada Na cidade de Barretos fui salvo por um boi preto De um estouro de boiada O peão disse esse boi que o senhor está falando Há muito tempo morreu, mas a fama vai ficando E mesmo depois de morto continua lhe salvando Ele deixou seu valor ai neste meu laço leviano Este laço é meu tesouro ele foi feito do couro Do famoso soberano