Lembro bem quando éramos crianças A liberdade em tempos de bonança Sem compromissos, nem preocupações Desprende-se das limitações. O aluguel subiu, fizemos outra mudança Outro bairro e vizinhança E a bola rolando no chão Reunia a molecada em todo quarteirão Fim de tarde ‘nóis’ na beira da rua Já é noite e os ‘muleque’ ‘continua’ Conta até cinquenta pra se esconder Até a mãe dar o toque de recolher Todos se retiram e o bairro dorme De manhã pega mochila, veste o uniforme _Vai chegar atrasado fazendo ‘cera’ _Relaxa mãe é sexta-feira... Refrão: E o que foi bom guardei pra mim Pois, um dia teria fim. Apesar dos caminhos diferentes Que o amor de Deus alcance a gente Bem vindo ao ensino médio As aulas de literatura era um tédio Com os colegas no fundão era divertimento E viramos amigos ao passar do tempo Dês do primeiro dia no colegial Até a despedida na colação de grau Faz tempo que não se vemos E não podemos quebrar a amizade que temos. Eles se casaram, outros se mudaram Ela engravidou e ele a deixou Fulano foi preso, beltrano morreu E com aqueles não sei o que aconteceu. Por onde passei trousse saudade Deixei lembranças e amizades Quem sabe nós se reencontra’ mata saudade Por aí, no centro da cidade. E o que foi bom guardei pra mim Pois, um dia teria fim. Apesar dos caminhos diferentes Que o amor de Deus alcance a gente Aquele que tinha tudo para dar errado Encarou a consequência do próprio pecado Se batizou na adventista Surpreendeu muitos ‘pessimista’. A dádiva de Deus eu coloquei aqui Amigos e amigas que curtí Enquanto juntos não aprendemos A falta que ‘uns faz’ quando não os vemos! Não dá pra retroagir neste passado Há segredos que ficam calados. Não fico mal por ter acabado Me alegro por um dia ter os encontrados Amigos mais chegados que irmãos Nunca esquecidos em oração. Na rua de casa a alegria ‘Era nóis’, nostalgia E o que foi bom guardei pra mim Pois, um dia teria fim. Apesar dos caminhos diferentes Que o amor de Deus alcance agente.