Colheu do chão aquilo que Deus lhe deu mas não soube cultivar A escassez não demorou e lhe proveu a vontade de mudar Maria apanhou do tempo um sonho nascido num oásis do sertão Até aonde vai durar a dor de morte pura e sequidão Morte e vida, a sua sina. E a dor convém Morte e vida, Severina. Tudo o que quer não tem Partiu sem rumo com a estrada a prume, sem saber aonde vai chegar Viu a seca virar lama e o mangue era poesia Maria aparou do sol a luz, que ilumina a sua vida Até aonde vai durar a dor de morte e vida