Não admite falha, morador de uma favela Crescido na viela, a vida é sofrida e eu só conheço ela Nascido em Sorocaba, mais um mano sofre então Que vira a madrugada, em busca de um ganha pão Não confia na polícia, pois sabe qual que é Quando eles descem aqui, derruba quem tá de pé Descendo a quebrada, passando no campão Minha barriga gela e calafrio vem então A tal da força tática sempre só pega os fracos Encosta vagabundo para não virar finado Na hora eu pensei, já era minha vida Estava no meu bolso com apenas uma fita Polícia já chegou, perguntou logo meu nome Passei a caminhada porque sou sujeito homem O outro me chamou até de vagabundo Puxou o Dvc, tá perdido, vai pro fundo Na hora da revista, eu pedi pra Deus Que ele me ajude, que eu também sou filho seu Acharam aquela fita que tava no meu bolso Pensei naquela hora, vou sair levando soco Polícia perguntou, o que é isso aí seu tolo Sou apenas um viciado que anda na humildade Eu não quero nem saber, vai falando a verdade Não tem nenhuma verdade que eu possa me expressar Cagueta hoje ali, mais tarde ele vai pagar Eles me espancaram, até me enforcaram Depois saíram, foram me chamando de fato Fiquei firmão e fortão com a graça de Deus Hoje eu to aqui falando o que aconteceu Por isso é que a vida é com altos e baixos O crime não compensa e nem admite falhas A vida é assim com altos e baixos O crime não compensa e nem admite falhas O crime não compensa e nem admite falhas O crime não compensa e nem admite falhas