A tranquilidade habita o momento em que conseguimos Apreciar as vantagens e benefícios do silêncio Ao arrumar a estante de livros, acidentalmente, Compreendeu a própria alma A inclinação que o homem tem pelo belo e o sublime É ostensivamente demonstrada nos perfumes que Eu sinto ao pegar o coletivo de manhã. A obrigação de estar limpo Cheiro bom, moça tem Gosto bom é água que lava a alma Neste momento me identifico intimamente com Os frascos de xampu e águas de colônia É como se o mundo todo fosse tomado por bolhas de sabão E de repente se tornasse um lugar mais fresco. Um lugar mais fresco Nunca entendi tampouco pude explicar por qual razão Um corpo magro como meu sempre pesou tanto Agora compreendo o peso nunca veio da carne O problema está nos nossos ossos Não tenho tanto assunto que renda um livro Aquilo que sinto cabe em bem poucas linhas Meus sentimentos passam agora por reduções Diante do complexo prefiro o simples Prefiro a textura do cru à palidez do cozido É como dizem: Fico com os dedos, deixo escapar os anéis