Toda criança sonha em ser feliz Jogada no mundão, do crime um aprendiz Cheiro de morte espalhada no ar Papai Noel de preto veio me buscar Deus ilumine o paraíso da criança Mesmo se os problemas vem do jardim de infância Mesmo se a policia não matasse e fosse o bem Mesmo se o pastor no psico rouba alguém Porque a vida sempre ofereceu pra mim a morte A morte me chamou pra brincar me oferecendo a sorte Nunca ninguém me deu um ponto positivo Quando fui roubar me chamaram de agressivo Vim de uma família desestruturada Que a fome fez da mãe de um homem uma empregada Pro boy pisar, me enfurecer, me enlouquecer Foi nessa que um tiozinho veio me dizer Primeiro te darão um oitão e umas paradas Pra vender na esquina e viciar a molecada Depois darão carro, casa com piscina e pá Depois o diabo vem na porta me chamar Brinquedo assassino não sai da minha mente (Era de ferro, com doze balas no pente) Brinquedo assassino não sai da minha mente (E o fim de ano foi melhor pra muita gente) Brinquedo assassino não sai da minha mente (Era de ferro, com doze balas no pente) Brinquedo assassino não sai da minha mente (E o fim de ano foi melhor pra muita gente) Jogava vídeo game quando alguém me chamou Levantei, abri a porta nem vi quem atirou Minha mão tá gelada, não sinto meu braço Não posso me mover do pescoço pra baixo Pelo corpo todo o gelo amargo do frio O eco da quadrada do monstro me feriu Se eu tivesse tido chance seria jogador Cantor de rap pra expressar minha dor Sei, o que o mundo sempre ofereceu para nós Vem, da parte podre muitos contra nós Pobreza e frustração, na alma a revolta Na calma você sente o trauma em sua volta O paraíso é meu paradeiro Normal pra mim ver refém morrer de fome no cativeiro O mesmo que me arrasta e me amordaça na tragédia Pra classe média sou mais uma atração Circense da comédia Meu mundo construído tipo castelo de areia Lapidado com muita droga na veia Abandonei a escola, da rua fiz abrigo Na malandragem um discurso agressivo Eu vi meu próprio sangue no meu rosto escorrer Lembro que um casal de crente disse; vai morrer! Depois de alguns segundos a multidão vem me olhar Com o olho saindo pra fora, e o corpo a agonizar Brinquedo assassino não sai da minha mente (Era de ferro, com doze balas no pente) Brinquedo assassino não sai da minha mente (E o fim de ano foi melhor pra muita gente) Brinquedo assassino não sai da minha mente (Era de ferro, com doze balas no pente) Brinquedo assassino não sai da minha mente (E o fim de ano foi melhor pra muita gente) Meu coração parou e um anjo negro me mostrou o caminho Onde eu encontraria rosas ou espinhos Prossegui o caminho vi um bebê pedindo esmola Bush, Sadam jogando bola O tio patinhas deu dinheiro pra mim Uma linda enfermeira e uma freira disse assim Que Deus o livre das trevas, leia Jó Pra nova geração um mundo melhor Vi a Hebe, a Xuxa internadas num asilo Pelé loiro na Europa pedindo exílio Parecia pesadelo sangue eu vomitava Gelou o corpo todo, eu quase não escutava No grito da tiazinha socorro eu tava morto Senti a mão quente dela no meu rosto Não sei, será que no céu eu vou viver com os órfãos Ou vão rasgar meu peito no hospital e vender meus órgão Antes a cavalo, quatro rodas é o futuro Eu também ia matar, me deitaram cheio de furos Lembrei na hora dos conselhos dos meus pais Falavam não vai, eu queria mais A máquina do homem ligada ao coração Deus tocava minha alma dizendo eu sou a salvação Se for capaz de viver sem crime, sem droga E hoje eu rasgo o mundo de cadeira de rodas Eu sempre tive o sonho de cantar rap Mas o mundo colocou várias barreiras em meu caminho E hoje minha história está representada na voz da família Que Deus ilumine o caminho de vocês! Brinquedo assassino não sai da minha mente (Era de ferro, com doze balas no pente) Brinquedo assassino não sai da minha mente (E o fim de ano foi melhor pra muita gente) Brinquedo assassino não sai da minha mente (Era de ferro, com doze balas no pente) Brinquedo assassino não sai da minha mente (E o fim de ano foi melhor pra muita gente