A Banca Records

80 Tiros

A Banca Records


Inúmeras vezes me derrubaram mas eu nunca me dei por vencido
Olhei nos olhos dos que me enfrentaram nenhum deles viveram o que eu vivo
Se contasse tudo daria um livro mas eu sempre fiz a minha parte
Corri tanto pra tirar meu título mas nenhum rei perde sua majestade

Barato sai caro não culpe os fortes por isso que eles param na metade
Comecei tarde mas acordei cedo, vocês crescem cedo mas enxergam tarde
Pega a visão cada linha é uma responsa
Pensa antes de escrever as minhas muito mais que uma competição
Alvar meus manos e pagar essas dívidas

Coisas caras vários prantos ninguém sabe só quem tava lá
Tudo vira dúvidas e os danos dos pacientes de suvira
Estalo o dedo e eles voltam, revoltados com a minha glória
Eu vejo falsos a minha volta, eles fazem de tudo pra me alcançar

Foram 80 tiros eu tô de luto baby esse lugar nunca foi seguro pra nós
Procurando a luz no céu escuro tão longe que nem podem mais ouvir minha voz

Eu ouço choro e foi mais um de nós
Só peço que Deus nos guarde e livre do algoz
De nenhuma forma vão calar minha voz
Ainda nem dei o meu máximo esperar o após

Seguro pra que meu mano conta outra aqui a bala come já é 7 e pouca
Eu fiz de tudo pra não entrar no crime desculpa mas agora tô na boca
Saio de casa e pareço suspeito fuzil na cara soco no peito
Aponta o dedo por que sou favelado nem sabe quem sou mas atira primeiro

E se eu tô na zona sul me olha torto tratamento é o mesmo
Mas não sou bem vindo a área é dos outros
Com fama e grana o tratamento é outro me recebem com champanhe
E fogos e nunca mais com pipoco, fé

Olhamos pra esquina, vejo os urubus no almoço
Onde o um homem virou carniça
Me ligaram com uma má notícia mataram um inocente
Que e quem sofre é a família vivendo ou morrendo
Matando e sofrendo, pra alcançar seu dia de glória

Pense bem antes de falar, ouço se calar, com a boca costurada no velório
Ainda te falo que nem sempre o que reluz é ouro nessa caminhada
É certo de tu tropeçar tua missão te deu visão para enxergar além
Tome cuidado para não se cegar, diz que a revolta nunca te levou a nada
Mas sabe uma revolta pode te levar ao topo
Normal vagabundo dizer que é fácil nessa guerra tu só vai ouvir os pipoco

Desde pequeno eu tô preso nisso mano nessa vida
É o que eu sei fazer e desde moleque
É meu compromisso fazendo dinheiro com o que era lazer
E desde pequeno tô preso nisso mano na vida é o que eu sei fazer
E desde moleque é meu compromisso fazendo dinheiro com o que era lazer

Tiros de sangue no ato da morte
Tem muita morte onde os menor segue a rota no calote eu nasci sem nada
No meio da bala e terão manos dizendo que foi sorte
Já podia ter morrido, vocês nem sabiam desacreditaram
Sempre tive envolvido com os amigos que trocavam tiros mas alguns cantaram

Vivência de fatos vivendo com tratos contratos rasgados
E eu resisti muitos tinham fé e morreram com a roupa eu que tinha
Manos me encontro aqui se minha mente vive presa com as letras eu a livro
Tentando fazer diferente pra ver se eu chego em casa vivo

E nessa terra escorre sangue preto baby esse lugar nunca foi seguro para nós
Procurando a luz no céu escuro bem longe que nem pode mais ouvir minha voz