O cara leva a mulher, Xaviera, pra andar a cavalo Ela cai, bate com a cabeça e, em seguida, a caminho do hospital, fica perguntando Que dia é hoje? Quinta! Que dia é hoje? Quinta! Só que ela quer saber do mês, porque seria aniversário de uma grande amiga, Silvinha Que sempre fazia festas, em breve Internada, não pode ir Então ela pede ao marido que ache o caderninho de telefones Pra ligar pra que algum dos amigos que ela não vê há anos vá no seu lugar Ele liga O cara, Secundo, pensa que ela ainda está a fim dele Ele está divorciado e tem duas filhas moças: Iolanda e Bruna Iolanda gosta de música eletrônica E é, por isso, chamada para fazer programação numa banda local Só que ela tem que aprender a usar um software que se recusa a rodar em seu computador Bruna está à cata de uma cidade ideal; é nômade Só não sai pra vida porque está apaixonada por um motorista de táxi louco Que transporta táxis e costura uma grana extra Pra se acostumar com a sujeira do mundo Ele leva tudo o que compra na feira de mendigos pra casa; destrói as paredes Seu carro precisa ser guardado na garagem do vizinho, Nei, para o qual paga uma taxa Nei quer sempre se dar bem, e pra isso vai a festas por toda a cidade Uma delas é essa da amiga Silvinha de Xaviera Ela mesma não pode ir à festa Está presa num engarrafamento provocado por um protesto dos moradores da favela local Ela tinha ido supervisionar a colocação de um painel na locadora do namorado Ele não quer ir à festa porque vai sair com Iolanda Vão assistir a um filme na locadora É uma ficção científica Secundo quer passar no hospital antes de ir à festa Mas a hora de visitas Acabou A hora de visitas Acabou O cara!