Tão jovem e tão bravo soldado foi para a batalha Matar inimigos com faca e navalha Agradar ao seu pai para se orgulhar E numa batalha travada no meio da mata Matou o comparsa colega da farda E ficou de joelhos fingindo chorar Aquele colega abatido não teve defesa E o falso amigo foi com malvadeza Cortar sua língua para cozinhar Depois dessa língua cozida seguindo a lenda Lembrou da donzela, a linda pequena Que estava sempre livre para amar Mais tarde comendo essa língua se deliciava E a cada pedaço da bela lembrava Mordia com força para enfeitiçar Ele pensava consigo que aquele feitiço Ia dar certo e virar um atrativo Pra linda donzela poder dominar Mas quando voltava pra casa pra sua surpresa A linda menina deitada na mesa Velada por todos daquele lugar No canto da mesa chorando o pai do soldado Dizendo meu filho querido amado Sou pai da menina com quem quer casar Pensando no seu homicídio agora lembrava Que tinha três metros de corda enrolada No galho da árvore foi se enforcar A vida, se é curta e cumprida acaba na morte Livrai-me, oh meu anjo, e me dai muita sorte De não ter que um dia uma vida tirar