Vivendo no lixo No limite da decência Um grito mudo no espaço Que ninguém quer ouvir Correndo contra o tempo Que alguém inventou Medindo nossos atos Marcando nossas fraquezas O tempo passa e ele só aumenta A espera do tropeço A ausência do chão A queda, o escuro. o frio Esperando um sinal Que nunca existiu Morda o fruto e viva pra sempre Morda o fruto e perca os dentes Vertendo vinho Manchando a existência A talha vazia Que ninguém quer encher Sacrifício dos cegos Imolando vontades Cortando a própria carne Flagelo invisível O tempo passa e ele só aumenta A espera do tropeço A ausência do chão A queda, o escuro. o frio Esperando um sinal Que nunca existiu Morda o fruto e viva pra sempre Morda o fruto e perca os dentes