A classe roceira e a classe operária Ansiosas esperam a reforma agrária Sabendo que ela dará solução Para situação que está precária. Saindo projeto do chão brasileiro De cada roceiro ganhar sua área Sei que miséria ninguém viveria E a produção já aumentaria Quinhentos por cento até na pecuária! Esta grande crise que a tempo surgiu Maltrata o caboclo ferindo seu brio Dentro de um país rico e altaneiro, Morrem brasileiros de fome e de frio. Em nossas cidades ricas em imóveis Milhões de automóveis já se produziu, Enquanto o coitado do pobre operário Vive apertado ganhando salário, Que sobe depois que tudo subiu! Nosso lavrador que vive do chão Só tem a metade da sua produção Porque a semente que ele semeia Tem quer à meia com o seu patrão! O nosso roceiro vive num dilema E o problema não tem solução Porque o ricaço que vive folgado Acha que projeto se for assinado, Estará ferindo a Constituição! Mas grande esperança o povo conduz E pede a Jesus pela oração, Pra guiar o pobre por onde ele trilha, E para a família não faltar o pão. Que eles não deixam o capitalismo Levar ao abismo a nossa nação, A desigualdade aqui é tamanha Enquanto o ricaço não sabe o que ganha O pobre do pobre vive de ilusão!