Coromandel, dos meus tempos de criança Ai, nunca consegui te esquecer Os lindos campos onde canta a seriema E o inhambuzinho a piar no entardecer Na velha igreja, depois da Ave-Maria Ao cair da tarde fria, velhos discos a tocar Noites de Reis e a Saudade de Matão Meu Deus que recordação, tenho mesmo que chorar Me perdoe se falo tanto, nesta querida cidade Onde hoje a mocidade, já nem lembra mais de mim Mas quem é que não recorda sua aventurosa infância Que os anos e a distância, para sempre deram fim Monte Carmelo, Patrocínio, Lagamar Ai, vivem para sempre na lembrança Quanta saudade do meu Rio Paranaíba Em sua margens vi nascer a esperança Patos de Minas, faz lembrar Padre Tomás Que me deu força e paz que um artista deseja Minas Gerais, te envio com emoção A mais pura gratidão de minha alma sertaneja Santo Inácio, Santa Clara, Abadia dos Dourados São lugares bem lembrados, cada um tem seu papel São os sonhos da criança, misto de saudade e dor Do poeta sonhador, filho de Coromandel