Hey Jhow, tá tudo diferente do que uns anos que passou Me olho no reflexo do espelho do mundão As ruas tão cinzentas, o arco-íris sem cor Tomei linha de frente pra não deixa os meus na mão Primeiro de janeiro eu era uma pessoa Hoje eu vi que a minha cabeça tá em metamorfose Eu sinto tanta falta da terra da garoa Dessa vez vou me cuidar pra não passar na dose Tem muita lenda viva que ainda vive escravizada Com a ambição no topo e os pés na carteira assinada Quem tira trabalho dobrado pra cuidar do filho no tempo que resta Não pega no lobo guará pra fazer revoada No final você corre e corre só pra parecer feliz No final você corre, mata e morre e sempre contradiz No final você corre e corre só pra parecer feliz No final você corre, mata e morre e sempre contradiz Oxalá me guie nessa estrada fora porque tudo aqui parece tão perdido pra mim Vinte e tantos anos, tento fazer história, mas os anos passam e sinto estarmos perto do fim Eu não me sinto ovelha negra desse rebanho Enquanto a superfície berra eu boto fé nos estranho Em pleno século pandêmico desdenham o cânhamo Já deu pra ter noção da proporção dos estrago Conselho de quem tá no game, não entra pra grupo, não fica de luto por quem tá vivendo Pior inimigo é você na versão mais tirana aqui dentro Pelo amor de Deus o caminho não muda, o que muda é a pessoa que faz o caminho Cê para de olhar pra grama do vizinho que o zói de invejoso no fim fica ardendo Viajando pra Roma fiquei soterrado, buraco de areia tapado de duna Sonhei que essa fita tava acontecendo, tirei minha lição que minha alma é diurna Não posso viver só no frio da madruga, no fio do murruga dichavo amargura Essa leva me lembra 2017, barriga era gorda minha mente absurda Caralho torrei mais de vinte mil conto em bobeira, tô liso tipo Jetski Sei que essa cena sentia minha falta então gente prometo eu não saio daqui Tudo que eu quero é voltar pro meu eixo de praxe com as roupa pilaca largada Fuma uma paranga de vila no bong sem ter que ficar com a mente preocupada Não quero mais bad, esse ano é meu ano, segura na trava que nóis tá sem frei Quando eu morre vão botar na minha lápide, 'quando era vivo no speed era rei' Rima é relíquia da morte pra quem vai cantar o que não pode deixar de ser dito Bonito na lírica salvando vida e ganhando no dólar pra calar burguês No final você corre e corre só pra parecer feliz No final você corre, mata e morre e sempre contradiz No final você corre e corre só pra parecer feliz No final você corre, mata e morre e sempre contradiz Oxalá me guie nessa estrada fora porque tudo aqui parece tão perdido pra mim Vinte e tantos anos, tento fazer história, mas os anos passam e sinto estarmos perto do fim