Há borboletas no ar Dançando balé Sob o manto tão escuro De uma noite tão fria Pincelada de fagulhas Luminosas, decadentes Estrelas cadentes Que explodem ao tocar o chão E da fumaça e das faíscas espargidas da explosão Brotam corpos de mulheres delicadas e lascivas Seus olhos brilham uma luz vermelha, mortal É um exército fulgaz de vampiras seminuas Do espaço sideral E as marcianas imorais Se dissolvem no ar E a poeira dos seus corpos Se condensa no bar Entre garrafas de gim Conhaque e cerveja E eu bebo cada copo Entre espasmos de delírios anormais Então eu vejo anjos negros e elefantes cor de rosa E mulheres marcianas só de óculos ray-ban Então eu caio em qualquer bueiro sujo da cidade Que é melhor morrer de porre que ficar acreditando No sistema e na humanidade Eu sou Deus Eu sou o diabo E a minha própria encarnação Eu sou um corpo degolado Num hotel com a própria mão