Há muitos anos que eu sou carreiro A trabalho o dia inteiro Pra ganhar o meu pão Sai pelo pasto a fora assoviando e cantando Com aquela satisfação Me lembro que estava com um reio de trança Pensando que era o meu violão Cantando eu falava o nome das boiadas E uma cigarra chorando la no grotão Nas montanhas fumaça levantando Era o eixo que estava queimando No arrocho do seu cocão Nas montanhas fumaça levantando Era o eixo que estava queimando No arrocho do seu cocão Naquela madrugada fria No alto da serra com o carro de boi As minhas boiadas eram ensinadas Não precisava de ferroar O nomes deles eram brinquedo e brinquinho Canario e passarinho gaucho e Paraná Me aposentei como carreiro Tirei a foto deles no meu terreiro É uma lembrança que vou deixar