Batuque na cozinha sinhá não quer Por causa do batuque eu queimei meu pé Não moro em casa de cômodo, não é por ter medo, não Na cozinha muita gente sempre dá em alteração Batuque na cozinha sinhá não quer... Então não bula na cumbuca, não me espante o rato Se o branco tem ciúme que dirá o mulato Eu fui na cozinha pra ver uma cebola E o branco com ciúme de uma tal crioula Eu deixei a cebola e peguei na batata E o branco com ciúme de uma tal mulata Eu peguei no balaio pra medir a farinha E o branco com ciúme de uma tal branquinha Então não bula na cumbuca, não me espante o rato Se o branco tem ciúme que dirá o mulato Batuque na cozinha sinhá não quer... Eu fui na cozinha tomar café E o malandro tá de olho na minha mulher Mas comigo apelei pra desarmonia E fomos direto pra delegacia Seu comissário foi dizendo com altivez É da casa de cômodos da tal Inês Revistem os dois e botem no xadrez Malandro comigo não tem vez Batuque na cozinha sinhá não quer Mas seu comissário eu estou com a razão Eu não moro na casa de arrumação Eu fui apanhar meu violão Que estava empenhado com Paulão Eu pago a fiança com satisfação Mas não me bota no xadrez com esse malandrão Que faltou com respeito ao cidadão Que é paraíba do norte, Maranhão Batuque na cozinha sinhá não quer