Alô, pessoal do Rato Molhado! Aí vai um partido de malandro! Esse feijão tá cheiroso Foi Dona Neném Que mandou preparar Disse que a Penha lhe disse Que o fogo de lenha Tem bom paladar Bota lenha na fogueira, Neném Deixa o feijão cozinhar Bota lenha na fogueira, Neném Não deixa o feijão queimar Entre a cana e o tira-gosto Era mês de agosto Lembro muito bem Fui na Favela do Rato Como convidado de Dona Neném Estranhei o movimento Mas pensei por dentro Vai dar tudo bem Mas tropecei num tijolo Esbarrei num crioulo Que caiu também Cheio de fome o negão Lá no chão esperando O feijão da Neném Bota lenha na fogueira, Neném Deixa o feijão cozinhar Bota lenha na fogueira, Neném Não deixa o feijão queimar O negão queria briga Porém a fadiga não deu condição Vi que era malandragem Era pilantragem, era tudo armação Pediram uma ajuda Me deram a bermuda A pá, a enxada e o carrinho de mão Onde se lia a mensagem Primeiro a laje, depois o feijão