Quando eu morrer, não quero choro nem vela Quero uma fita amarela gravada com o nome dela Se existe alma, se há outra encarnação Eu queria que a mulata sapateasse no meu caixão Não quero flores nem coroa com espinho Só quero choro de flauta, violão e cavaquinho Estou contente, consolado por saber Que as morenas tão formosas a terra um dia vai comer. Não tenho herdeiros, não possuo um só vintém Eu vivi devendo a todos mas não paguei a ninguém Meus inimigos que hoje falam mal de mim Vão dizer que nunca viram uma pessoa tão boa assim.