Zeca Baleiro

Tristeza, Pé No Chão

Zeca Baleiro


Tristeza, Pé No Chão

Dei um aperto de saudade no meu tamborim
molhei o pano da cuíca com as minhas lágrimas
dei meu tempo de espera para a marcação, e cantei
a minha vida na avenida sem empolgação

Dei um aperto de saudade no meu tamborim
molhei o pano da cuíca com as minhas lágrimas
dei meu tempo de espera para a marcação, e cantei
a minha vida na avenida sem empolgação

Vai manter a tradição
vai meu bloco tristeza e pé no chão
Vai manter a tradição
vai meu bloco tristeza e pé no chão

Fiz um estandarte com as minhas mágoas
usei como destaque a sua falsidade
do nosso desacerto fiz meu samba-enredo
no velho som da minha surda dividi meus versos

Vai manter a tradição,
Nas platinelas do pandeiro coloquei surdina
marquei o último ensaio em qualquer esquina
manchei o verde-esperança da nossa bandeira
marquei o dia do desfile para quarta-feira

Vai manter a tradição