Vasculho sabugos de meu passado Te vejo pastoreando açucenas Eu menino, tu menina, apenas O destino, um boi bem sossegado Te inventei à tarde entre verbenas Quando tangia meu etéreo gado Eu montava então, meu cavalo alado Doido alazão entre nuvens serenas Te plantei no fundo daquela horta E parti em noite de ventania Me dispersei na infância que fugia O tempo faz de tudo uma rês morta Todavia transformada em jasmim Tu recuperas o menino em mim