Como saber se um dia posso contar de novo Com tua alegria, delicadeza e gosto Saiba que aqui o tempo nem bole o teu retrato Que só a ti eu devo, o filho, a flor, o fato Como saber se um dia tu me farás contente Se depois do jantar me servirás teu coração ardente Se me farás embriagado com tua ousadia Me deixarás prostrado até acontecer o dia Ou será que já tomaste a estrada que vai dar noutros quintais Se nossos trajes desbotados foram abandonados nos varais Verás que ainda me resta, teu cheiro de flor de romã Juntas os versos numa valsa, brindar a solidão Vem me dizer se posso tocar minha sanfona Pra anunciar a nossa festa e afugentar o nosso engano Se me darás ainda o braço e a tua companhia Se te apressarás sedenta quando findar o dia Ou será que já tomaste a estrada que vai dar noutros quintais Se nossos trajes desbotados foram abandonados nos varais Verás que ainda me resta, teu cheiro de flor de romã Juntas os versos numa valsa, brindar a solidão Vem me dizer se posso tocar minha sanfona Pra anunciar a nossa festa e afugentar o nosso engano Se me darás um novo laço e a boa companhia Se cairás rendida nos meus braços quando raiar o dia