Da cana eu quero a cachaça Do leite, o queijo do Serro Não gosto de grito e pirraça Quem chora berrando é bezerro Do rio eu quero o dourado Da igreja, o ouro barroco Não posso viver magoado Nem dar minha mágoa de troco Toco a viola, canto o refrão O canto da gente no mutirão Louva o trabalho e a devoção A vida passa de mão em mão Na roda eu danço a ciranda Sertão, buritis na vereda Sentado na minha varanda Eu flerto com a lua de seda Meus pés desenhando o caminho Eu ouço o miado da onça Roseira dá rosa e espinho E a moça se finge de sonsa