Com as pedras que atiraram Elas fizeram muralha Unidas elas sentiram Como o mundo era canalha Com o ardor de suas juntas Todas juntas: A fornalha São as noivas do cordeiro Que não são fogo de palha Senhoras do belo vale Onde a beleza espalha Um rebanho desgarrado Na lâmina da navalha Arrebanhou preconceitos Que todo mundo enxovalha Mas as noivas do cordeiro Não jogaram a toalha No belo vale, formosas Tecem a vida em sua malha Não têm medo da tosquia Da mudez que o mundo empalha Senhorinhas do destino E o nome na pedra entalha Vale o belo gesto amigo De quem chega e amealha Com as noivas do cordeiro Coração bate e não falha São belas, não são ovelhas No vale em que o amor orvalha Com as pedras que atiraram Elas fizeram muralha São as noivas do cordeiro Que não são fogo de palha