Eterno é uma fração de segundo O bar e seus noturnos O mar profundo A sobra dos vagabundos Eterno é a caverna-mestra O outro que invento A regência da orquestra Quando eu olho para dentro A cada momento, a cada instante O tempo tem o seu movimento O avesso é indiferente Faço da minha arte o meu intento Desse papo o meu argumento O futuro cansou de ser moderno O sentimento do mundo A morte do leiteiro, no ar o motorneiro Juntos com o poeta são eternos o dia inteiro O poeta cansou de ser moderno Virou eterno Eternos! Eternos!