Ouvia lá no fundo do tumbeiro O clamor de um guerreiro Condenado a solidão No mar castigo, degredo do açoite Adormece negra noite Amanhece escuridão A dor não resistiu a escravidão Então se pôs a rezar aos deuses de yorubá Um acalanto a salvação Era a fé que acalmava o coração. Nos cafezais ou nos canaviais Meu Deus do céu que agonia Tem piedade de nós oh meu senhor! Que covardia. Laialaiá... Braço forte que não cansa, Não perdia a esperança Não parava de lutar Tem canto e dança No quilombo, alegria Assinada alforria, liberdade Vai raiar um novo dia Valeu... Zumbi valeu! Mas será que já raiou? Hoje o negro é doutor Não sei bem se ele tem paz Correntes, senzalas nunca mais "Difícil é o Nome" do negro esquecer É a raça em harmonia, o orgulho de dizer