Vai ecoar no seio da mata Mmeu canto guerreiro Guardo a herança dos meus ancestrais Matiz do povo brasileiro Jaci clareia É noite de celebração Kuarup é ritual, festa n'aldeia É chama viva em louvação Sou o dono dessa terra kamayurá Deus tupã pintou de obi o meu lugar Deslizam pelas matas Cachoeiras e cascatas Marejando o meu olhar (o meu olhar) Caraíba invasor chegou aqui Seu veneno espalhou pra extrair A riqueza aos seus pés contemplando igarapés Coisa igual eu nunca vi Ordem, progresso As asas da integração Respeito aos irmãos Caminhos abertos pra nascer uma grande nação Ecoa na floresta um canto Um som tribal Ê morená em comunhão com carnaval No verde há esperança A voz da natureza Que agoniza por proteção E clama por preservação Quem sou eu? Sou índio guerreiro! Sangue verdadeiro, a minha raiz Sou xinguana, sou Imperatriz