No azul mais bonito eu quero voar No branco da paz me deixo levar Em tom verdejante exijo respeito Tá aqui uma "banana" Pro seu preconceito Jogado ao limbo Sob olhar voraz da cor Quem provou desse dissabor Sabe bem o que digo, irmão! Algoz da "evolução" Trama novas correntes Ardor "intermitente" Expõe as cicatrizes da nação São marcas atadas no alento da fé "Primatas" perseguem o povo do axé Meu sangue tinge de vermelho O matiz social A negritude clama resistência Contra o preconceito racial "Banana ouro", "banana prata" Reluz na quitanda Preta quituteira Traz o brilho de aruanda Negro "ganha" alforria Pra acordar de madrugada Vai vender no trem das cinco A famosa bananada Ôô.. Em comunhão Todas as crenças se libertam... Nobre reinado à festejar Com arte, "experimento" Pelos palcos a magia O samba louva Em seu quilombo a poesia Brota da "terra" A candeia dos meus ancestrais "Enquanto a cor da pele for Mais importante que o brilho no olhar" A minha Rocinha jamais deixará de lutar