Um caboclo sertanejo Que nasceu lá no sertão Não conhecia a cidade E nem tinha instrução Mas um dia precisou Vender sua produção E em nossa capital Sem ter documentação Ao chegar na capital Em um ponto preferido Vendeu todos os mantimento Que ele tinha trazido Resolveu dar uma volta Pra ficar mais conhecido E nas ruas da cidade O homem ficou perdido Já era tarde da noite Procurava uma pensão Encontrou com a polícia Que estava de plantão Procurou seus documentos Mas ele não tinha não Levaram ele pra cadeia Pensando em ser um ladrão Quando foi no outro dia Levaram ele ao delegado Perguntaram ao lavrador Você nem é registrado Um homem de trinta anos Não pode ser confiado A lei julga ser ladrão Por não ser documentado Respondeu o lavrador Eu não tenho instrução Não sou mesmo registrado Mas também não sou ladrão Sou um pobre lavrador É a minha profissão Eu vim aqui na cidade Trazer alimentação Se serve meu documento A lei me der permissão Mostrarei neste momento Minha documentação Sou caboclo brasileiro Eu ando é de pés no chão Pra sustentar meu Brasil Olha os calos em minhas mão O delegado pensou Pra dar sua solução Depois disse ao carcereiro Este homem é do sertão Não precisa documento Darei a libertação Pois o homem da lavoura É o sustento da nação