Declamado: ("Porteira véia tão triste Que até hoje ainda existe lá na beira da estrada Quantas vez eu lá passei E a porteira então fechei pra visitar minha amada Isto já faz muitos anos Pra mim já foi um desengano, eu então cismei comigo Pelo meio desse amor Só pra aumentar minha dor tinha ali um inimigo Um dia de madrugada Passando por uma estrada, eu tava tão distraído De repente, num instante Escutei bem lá distante um grito forte e um gemido Saí correndo pra estrada E a porteira ensangüentada me abalou o coração Então corri do outro lado Mas quá, cheguei atrasado, morta ela tava no chão Ali mesmo ajoelhei Chorei baixinho e rezei, depois tive um pensamento Nada se encobre na terra Joguei meu chapéu em terra, de vingá fiz juramento") Porteira véia da borda da mata Com o tempo abandonada E tendo bem perto uma cruz Onde jaz minha mineira amada Porteira véia da borda da mata Com o tempo abandonada E tendo bem perto uma cruz Onde jaz minha mineira amada Mineira me abandonou Me deixou no mundo penando Quando eu passo na borda da mata Chego perto da porteira e fico chorando Quando eu passo na borda da mata Chego perto da porteira e fico chorando Eu choro é de tristeza E tenho razão de chorá Um bandido traidor De inveja do meu amor meu bem ele foi matá Um bandido traidor De inveja do meu amor meu bem ele foi matá