Areio meu baio e vou passear Sem destino certo pelo meu sertão Sem calçar esporas e a passos lento Carrego a saudade na imaginação Passando por pastos, ouvindo riachos Cantando a mais bela de todas canções Sentindo o cheiro do jenipapo, Que estão maduros caído no chão O barulho do vento la no calipial Aumenta ainda mais a minha emoção As pombas do ar fazendo arruaça Perto do espantalho la na plantação O carro de boi cantando bem longe Eu vejo os seus rastros marcado no chão Vejo boiadeiros tocando a boiada Repicando berrante la no estradão Porteiras batendo anunciando a chegada Da saudade bandida em meu coração Casinha de barro com fogão a lenha E mamãe varrendo nosso terreirão Machado batendo e meu papai lenhando E vejo madeiras caídas no chão Ao longe as nuvens que vão se ajuntado, Vejo o céu cinzento, e ouço os trovão Um manto divino vai cobrindo a terra Chuva de esperança na vegetação Crianças brincando montando cavalo Em cabos de enxada vivendo a ilusão Volto a meu mundo sentindo saudade De tempos vivido lá no meu sertão Aonde eu passei meus tempos de infância E hoje só vivo de recordação