Vejo ao longe da estrada As nuvens de poeirão É de mais uma boiada Desfilando no estradão Barulho de trovoada Vai fazendo a marcação São dos cascos da boiada Moendo a terra no chão Passa boi passa boiada Pela estrada do sertão Passa carro e carreiro Dentro da imaginação O repique do berrante Na hora da curva entrar Faz sempre os boiadeiros Seus cuidados redobrar O ponteiro experiente Faz o sinuelo entrar Tocando o seu berrante Pros meieiros alertar Passa boi passa boiada Pela estrada do sertão Passa carro e carreiro Dentro da imaginação Ouço um carro de boi Gemendo la no grotão E vejo o seu carreiro Com sua vara na mão Oito juntas de primeira Faz gritar os seu cocão Vai seguindo até a estrada E cantando essa canção Passa boi passa boiada Pela estrada do sertão Passa carro e carreiro Dentro da imaginação