Pra defender minha vida Eu já lutei contra a morte Dei um tombo no perigo Enfrentei faca de corte Primeiro eu falo com Deus Pra depois jogar na sorte Eu não faço reza brava Mas eu tenho um santo forte Eu já levei tropeção Não sofri nenhuma queda Sou igual um galo índio Que da rinha não arreda Eu tenho bom protetor Que do perigo me veda Quando eu dou minha pancada Arranco lasco de pedra Eu trato bem todo mundo Esta é minha maneira Se eu cair do chão não passo Levanto e bato a poeira É difícil apodrecer Um esteio de aroeira Porque tem o cerne forte É o jeito da madeira Não tenho medo de nada Em qualquer caminho em passo Não carrego arma na cintura Eu confio nos meus braços Tenho destreza de sobra Ninguém faz o que eu faço Vai bater em ferro frio Quem quiser barrar meus passos