No oco do bambu Estala o vento em noites de quaresma Como na chocadeira esperam a pitar Olhos de cuzarruim, de perna só, barrete e cuequinha Que é vermelhinha também para combinar Querem sair, querem aprontar, Dar nó em crina de cavalo Reza brava em ovo gelado pra gorar Azeda o leite, chupa o sangue da criação Reza milho de pipoca, vira puá Rodopiando, redemunho, folha seca, Na peneira de cruzeta eu vou lhe aprisionar E na garrafa nós dois é que vamo entrar Pra dar um trago no cachimbo Da semente do jequitibá Porque eu também sou um negrinho malasartes E é esse o refrão junto nós vamo cantar Ai como o mato é bão pra saciá Como o mato é bão de saciá Deixa o mato crescer Pra saciá, saci há de agradecer O sacizim quando qué cendê o pito Pega um tição bem vivo do braseiro do fogão E vai brincando de passar pelos buracos Que o cuzarruinzim tem nas palmas das duas mãos E já tem gente até criando em cativeiro Com certificado, pedigree e associação Que a concorrência com abóbora desdentada Quase põe nossa visage em risco de extinção Pois raloim, só se for com carne seca Jerimum de estrangeiro só me dá indigestão