Daquele vestido branco que ela vestiu no momento que o destino nos uniu Só restou um velho retrato quando numa noite fria com outro homem ela fugiu E levou cobrindo o corpo aquele vestido branco que marcou nossa união E entre as noites do pecado o vestido foi rolando, com seu corpo se acabando pelo mar da perdição. Quantas vezes casualmente vi cruzar em meu caminho a mulher que eu tanto amei Com o vestido esfarrapado já não era mais branquinho como quando me casei Vendo ela eu recordava uma igreja pequenina e em frente o altar nós dois Ela com o vestido branco, era um anjo de pureza, hoje é apenas uma sombra do que no passado foi. Numa triste noite fria ouvi um grito de agonia lá num banco de jardim Corri pra ver o que era, vi o meu amor que tinha em sua vida dado um fim Tinha os dois pulsos cortados por cansar-se deste mundo onde só viveu ao léu E aquele vestido branco de sangue estava banhado, como nos uniu em vida foi com ele para o céu.