Em ser cavaleiro eu sempre gostei Pensando num burro na cama deitei Com aquilo na ideia no sono eu peguei E num burro brabo em sonho eu montei Nas rédeas do burro, eu tava agarrado Ai, o burro pulava, e eu tava agarrado Caiu meu chapéu, eu tava agarrado Caiu minha espora, e eu tava agarrado Caiu o paletó, e eu tava agarrado Caiu meu sapato, e eu tava agarrado Foi caindo tudo, e eu tava agarrado Rebentou as rédeas naquele banzé Com o susto acordei, aí dei por fé Eu tinha arrancado naquele tropé As duas orelhas da minha muié Um dia sonhei que fui comê caqui Agarrei no tronco, comecei subi Deu uma ventania que logo senti Na força que eu fiz quarqué cai Mas o vento assoprava, e eu tava agarrado Caiu meu chapéu, e eu tava agarrado Caiu o paletó, e eu tava agarrado Caiu meu sapato, e eu tava agarrado Caiu a gravata, e eu tava agarrado Caiu a camisa, e eu tava agarrado Foi caindo tudo, e eu tava agarrado Quando eu acordei é que foi o azá Em traje de Adão sobre um pé de ingá Eu tava iguarzinho um gatinho angorá Tremendo de frio de perna pro ar Em ser cavaleiro eu sempre gostei Pensando num burro na cama deitei Com aquilo na ideia no sono eu peguei E num burro brabo em sonho eu montei Mas na rédea do burro, eu tava agarrado O burro pulava, e eu tava agarrado Caiu meu chapéu, e eu tava agarrado Caiu minha espora, e eu tava agarrado Caiu o paletó, e eu tava agarrado Caiu meu sapato, e eu tava agarrado Foi caindo tudo, e eu tava agarrado Rebentou as rédeas naquele banzé Com o susto acordei, aí dei por fé Eu tinha arrancado naquele tropé As duas orelhas da minha muié