Uma carta de mulher Com promessas de carinho Um sorriso de criança O cantar dos passarinhos No clarão do horizonte De manhã muito cedinho É razão de minha vida É a luz do meu caminho Uma viola afinada Nas mãos de um bom tocador Uma canção bem bonita Na voz de um bom cantador Um abraço da mamãe O perfume de uma flor É razão de minha vida Alívio de minha dor Um passeio com meu bem Na manhã que o sol clareia Caminhando pela praia Fazendo rastro na areia Um violão em serenata Em noite de lua cheia É razão de minha vida É sangue novo na veia Um carro de boi cantando Levando madeira grossa O trovão tremendo a terra Chuva caindo na roça A água molhando o chão Correndo e formando poça É razão de minha vida É festa em minha palhoça Um laço bem manejado Laçando a guampa do touro Uma noite de orgia Dançando e picando o couro Abraço e beijo na boca Numa noite de namoro É razão de minha vida Meu talão de cheque ouro