Meu Deus Estou morrendo de saudade Do meu passado Só guardei recordações A minha infância Eu guardei na mente A mocidade passou de repente Sempre levei a vida de peão A minha história De peão de boiadeiro Na boiada fui ponteiro Com o mestre Sebastião Mas era eu Quem gritava ao berranteiro Toque o berrante avisando os companheiros Lá na baixada tem cancela e ribeirão Hoje não vejo Nem boiada, nem cancela Nem mocinhas na janela Acenando com as mãos Eu sinto mesmo É uma saudade no peito Eu não tive outro jeito Escrevi esta canção O vai e vem Do transporte da boiada A velha estrada Eu guardei dentro de mim São muitas léguas Do passado que ficou Dentro do peito esta saudade deixou Muitas pousadas por este sertão sem fim A caminhada Minha e dos meus companheiros De janeiro a janeiro Passo a passo no estradão Quando eu me lembro O repique do berrante Parece perto, mas está muito distante A minha história eu guardo no coração Hoje não vejo Nem boiada, nem cancela Nem mocinhas na janela Acenando com as mãos Eu sinto mesmo É uma saudade no peito Eu não tive outro jeito Escrevi esta canção Hoje não vejo Nem boiada, nem cancela Nem mocinhas na janela Acenando com as mãos Eu sinto mesmo É uma saudade no peito Eu não tive outro jeito Escrevi esta canção