Fui rever o meu sertão E voltei muito contente Porque eu vi que a passarada Estão vivendo livremente O inhambu lá na palhada Chega pertinho da gente A perdiz e a codorninha Come milho com as galinhas No quintal dos meus parentes Lá na mata do pau d’alho O que ficou pra semente No galho do angiqueiro O sabiá canta dolente Também canta a juriti Na hora do sol bem quente Quando chega à tardinha Canta triste as pombinhas Chega arrepiar a gente Lá na beira do corguinho Naquele mormaço quente Se reúne a passarada Pra beber água corrente Nesta hora o gavião Por ali se faz presente Nesta hora eu acho graça Porque quando ele passa Se esparram de repente Meu sertão hoje está alegre Está tudo diferente Não tem mais os caçador Que matavam cruelmente Nem gaiola e alçapão Como tinha antigamente A passarada faz festa Do pouquinho que ainda resta Do nosso meio ambiente