Fui cantá numa festa em terras estranhas Cortamos ataio por trás das montanhas Lá já me disseram vocês não estranha Notícia daqui, que vocês dois apanha Pois o tal desafio tinha fama tamanha Os home chegaram contando façanha Diz que é mais de cem desafio que eles ganha A fama de valente tava esparramada De espora e bombacha e o peito empolado Falando tão grosso, tão entusiasmado Chicote no braço e o trinta do lado Me pediu que eu cantasse uns verso dobrado Bati a viola bem arrepicado Sardei o festeiro e todos convidado Pois tiraram a viola de um saco de meia As mocinha falaram, que viola mais feia! Entraram berrando que nem umas sereia Umas moda gritada que doía as oreia Pois pensou que cum berro nóis já desnorteia Falaram burrada uma hora e meia Cantava dançando igual porca na peia Eu chamei o festeiro dentro do salão O senhor não arrepare da nossa expressão Desafio numa festa é boa diversão Mas eu não gostei desses dois forgazão Eu notei que esses home num tem instrução Martratá um colega sem have razão Eu preciso lhe dá uma boa lição Esse mulato gordo eu cumparo um morão E esse magrelo uma mão de pilão O que tem a voz grossa eu cumparo um trovão O da voz mais fina eu cumparo um rojão Que sobe um pouquinho com muita aflição Vai sortando fogo fazendo explosão E no fim os dois vem e arrebenta no chão Esses foi um dos verso dos mais inferior Não dei mais descanso pros dois cantador Não sou estudado, não sou professor Mas sei meu lugar e também dar valor Não desprezo ninguém muito menos o senhor Que vem de tão longe fazendo furor Olhei no salão não vi mais os cantor